Os diferentes julgamentos de Jesus no Fim dos Tempos | JP Padilha


Muita gente pensa que o fim dos tempos ocorre quando Jesus volta à terra, julga todo mundo misturado, lança os réprobos no lago de fogo e leva para o céu os seus escolhidos. Na mente dessas pessoas, tudo se trata de um único evento: o Juízo Final com a vinda de Cristo para incluir crentes e descrentes neste juízo. No entanto, isso é um erro grotesco de interpretação bíblica e uma total ignorância acerca dos vários tipos de julgamento que ocorrerão nos últimos dias. Nas linhas que se seguem, eu gostaria de explicar ao leitor que existem pelo menos três tipos de julgamento que ocorrerão no corredor da história, começando no céu, onde Cristo tratará de forma privativa com a Igreja já arrebatada. Como será provado aqui, no céu haverá um julgamento conhecido como Tribunal de Cristo, do qual somente os crentes participarão. É o único julgamento onde não há juízo sobre a pessoa, mas somente uma comparação das obras de cada um dentro do Corpo de Cristo. Portanto, vamos entender melhor os diferentes julgamentos que Deus executará no fim dos tempos.

Não devemos confundir o Tribunal de Cristo, descrito em 2 Coríntios 5.10, com o Julgamento das Nações de Mateus 25 (“o dia do Senhor”), nem com o Grande Trono Branco de Apocalipse 20.10-15. São três eventos totalmente distintos.

Por falta de conhecimento, muitos cristãos passam quase a vida inteira na igreja temendo o Juízo final, sem saber sequer a diferença entre o Tribunal de Cristo, o Julgamento das Nações e o Grande Trono Branco. E parece que aos seus líderes religiosos é conveniente que continuem sem saber. Minha vontade é de perguntar a essas pessoas se elas de fato creram em Cristo e no seu sacrifício vicário, perfeito e suficiente. Além desses "pastores" não ensinarem às pessoas a diferença entre o Tribunal de Cristo, o Julgamento das Nações e o Grande Trono Branco, ainda ensinam a elas que Mateus 24 está falando da Igreja, fazendo-as acreditar que os horrores da Tribulação cairão sobre a Noiva de Cristo. Oras, qualquer leitor iniciante, que tenha responsabilidade com as Escrituras, verá que Mateus 24 está inteiramente direcionado a Israel e falando sobre Israel. A Igreja não passará pela Tribulação, e isso está bem registrado no Novo Testamento. Vejamos, portanto, a diferença entre os julgamentos que acontecerão no fim dos tempos.

O TRIBUNAL DE CRISTO (2Co 5.10)

Os crentes não participam do Julgamento das Nações porque já estarão no céu no mínimo sete anos antes, e não passarão pela grande tribulação. Os crentes também não são julgados no Grande Trono Branco, pois são salvos desde o princípio do mundo. O que os crentes encontrarão é o Tribunal de Cristo descrito em 2 Coríntios 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal". Em 1 Coríntios Paulo fala mais desse tribunal que não tem caráter condenatório, mas de apreciação das obras praticadas pelo crente. É algo parecido com um concurso de pintura, onde o que está sendo julgado não é o pintor, mas a qualidade de seu trabalho.

"E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal SERÁ SALVO, todavia como pelo fogo" (1 Coríntios 3.12-15). Essa passagem nos ensina de forma clara que até mesmo aquele que não fez obra alguma digna de ser aproveitada SERÁ SALVO.

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES (Mt 25.31-46)

Mateus 25.31-46 nos fala da segunda vinda de Cristo para julgar as nações e reinar. Isso ocorre depois do arrebatamento da Igreja (descrito em 1 Tessalonicenses 4.16-18) e da grande tribulação (descrita em Mateus 24). O Julgamento das Nações é também conhecido como “o dia do Senhor” (2Ts 2.2; 2Pe 3.10; 1Ts 5.2, etc.).

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes” (Mateus 25.31).

Uma coisa interessante que vemos em outra passagem que fala do mesmo evento é que Jesus descerá acompanhado também dos santos que foram arrebatados antes da Tribulação:

“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos” (1 Tessalonicenses 3.13).

Aqueles que ensinam que não há um arrebatamento antes da Tribulação deveriam explicar de onde vieram esses santos que estavam com Ele no céu e voltaram juntamente com Ele para reinar do céu. Como estes santos foram parar lá, senão por meio do arrebatamento antes da Tribulação?

Mas, voltando ao assunto sobre o Julgamento das Nações, observe algo interessante aqui: Jesus vem com todos os seus anjos e santos para o Julgamento das Nações (ou gentios), identificadas aqui como "bodes" e "ovelhas". Se você observar o Antigo Testamento, verá que o julgamento de nações era algo comum, e Deus fazia isso levando em conta como elas tratavam o seu povo terreno, Israel.

Julgamento das Nações é um julgamento coletivo de grupos de pessoas vivas, dentre as quais algumas continuarão vivas para desfrutarem do reino milenar de Cristo e outras serão mortas para aguardarem o julgamento individual do Grande Trono Branco no final de Apocalipse. Ou seja, as ovelhas representam o grupo dos que serão mantidos vivos para entrarem no reino de mil anos de Cristo, enquanto os bodes são aqueles indivíduos que serão mortos para aguardarem o Juízo Final. No arrebatamento da Igreja, que ocorre sete anos antes disso tudo, somente os salvos são ressuscitados para serem levados ao céu (1Ts 4.16-18). Os mortos em seus pecados continuam em suas sepulturas, aguardando o Juízo Final. Da mesma forma, no Julgamento das Nações, os perdidos serão mortos justamente para aguardarem o Juízo Final (no Grande Trono Branco) para serem julgados após os mil anos de reinado de Cristo. Eles serão lançados no lago de fogo.

Existe uma passagem em Joel que pode ser identificada com este momento aqui: “Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra” (Joel 3.2).

É importante notar que as nações (gentios) serão julgadas de acordo com a maneira como trataram o remanescente fiel de Israel, aqueles judeus convertidos durante a tribulação, muitos dos quais terão sido martirizados. Se prestarmos atenção, veremos que existem aqui três classes, e não apenas duas: "bodes", "ovelhas" e "pequeninos irmãos".

Os "bodes" serão as nações que não deram guarida aos "pequeninos irmãos", os judeus convertidos nesse período da tribulação, que estarão sendo perseguidos pelo Anticristo. As "ovelhas" serão as nações que protegeram e alimentaram esses judeus errantes. Estas recebem do Rei a promessa: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25.34).

É muito importante entender que Mateus 25, onde fala da separação de bodes e ovelhas – no Julgamento das Nações –, não se trata da salvação eterna, já que esta não é obtida por meio de boas obras. A promessa é de participarem vivos do reino de Cristo na terra, o qual durará mil anos. Durante esses mil anos, aqueles que pecarem serão julgados todas as manhãs e serão mortos, para depois serem julgados no Grande Trono Branco. Entenda-se que o reino de Cristo na terra será formado por pessoas que não necessariamente nasceram de novo, mas que apenas professam submissão ao Rei, algo muito parecido com o que acontece hoje na cristandade. É preciso lembrar que no final dos mil anos Satanás será solto (ele ficará preso no período de mil anos) e irá arrebanhar milhões de seguidores para lutarem contra Cristo, o que mostra que nem todos terão entrado no milênio realmente convertidos, e nem todos os que nascerem nesse período serão de Deus.

O Senhor se identifica com estes judeus de tal modo que os chama de “meus pequeninos irmãos”. Serão esses “pequeninos irmãos” os que se recusarão a negar o nome do Senhor e a ter a marca sobre suas mãos e testas. A identificação do Senhor com seus "pequeninos irmãos" faz lembrar a identificação dele com a Igreja no livro de Atos, quando ele pergunta a Paulo: “Por que me persegues?”, quando Paulo perseguia os cristãos, e não o Cristo, o qual Paulo considerava já morto.

O GRANDE TRONO BRANCO (Ap 20.10-15)

Durante o reino milenar de Cristo haverá julgamentos todas as manhãs com a aplicação da Pena de Morte imediata. Todavia, essa pena é para os indivíduos que estiverem vivendo na Terra. A Igreja não estará necessariamente na terra no milênio, mas estará vivendo no céu.

Ao final desse milênio haverá o Grande Trono Branco, onde serão julgados todos os que não foram salvos, cujos nomes não estavam no Livro da Vida (Ap 20). Aqui sim acontece o Juízo Final. Aqueles que foram mortos no Julgamento das Nações em Mateus 25 (os bodes), no momento da segunda vinda de Jesus para reinar, serão ressuscitados para serem julgados e condenados. E é somente para isso que serão ressuscitados: Para serem julgados e condenados.

Quem chegar diante do "Grande Trono Branco" com um pecado sequer já estará condenado. A passagem abaixo deixa claro que aquele que crê em Cristo não entra em juízo ou julgamento: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5.24).

As expressões "Ouve""crê""tem""não entra em juízo" e "passou da morte para a vida", no momento em que creu, são expressões muito claras nesse sentido.

Quando analisamos Apocalipse 20, percebemos como esse julgamento se trata de um ato judicial que visa apenas dar a sentença. O julgamento do Grande Trono Branco não tem a finalidade de estabelecer se a pessoa deve ou não ser salva. Todos são condenados ali. Não há um salvo em Cristo que participa desse evento, mas somente os predestinados à perdição (os réprobos). E deste evento não sairá um salvo sequer. Todos que participarem deste julgamento serão lançados no lago de fogo e enxofre, onde o fogo nunca se apaga e o tormento é eterno (Mc 9.44; Mt 25.46). Ali eles sofrerão para todo o sempre.

"O diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, de pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo(Apocalipse 20.10-15).

– JP Padilha
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O QUE É, O QUE É? | JP Padilha



Foi considerado o maior pregador do século XX. Sua fama como grande "avivador" e "ganhador de almas" se alastrou por todo o mundo. É amado por "gregos e troianos". Arminiano, pentecostal, ecumenista, universalista, sincretista, maçom de 33º, acreditava e ensinava que nós cristãos e os muçulmanos servimos ao mesmo Deus, negava que Cristo fosse o único caminho para a salvação e afirmava que há outras maneiras de conhecer a Deus além da Escritura, sendo uma delas a natureza e o "livre-arbítrio" do homem. Este falso profeta creu e ensinou abertamente que há formas dos pagãos de várias tribos conhecerem a Deus fora da Bíblia e que eles podem ser salvos FORA DE CRISTO.

Suas campanhas consistiam em um sistema de apelo que visava o maior número de pessoas possível, tendo como método o que é tecnicamente chamado de "evangelho da livre oferta", independente se havia ou não uma transformação real do caráter daquelas massas. Baseado numa teologia puramente pragmática e sensorial, fez multidões acreditarem que estavam salvas porque fizeram uma "oração de aceitação a jesus".

Tinha em sua membresia o papa, o pastor, o liberal, o umbandista, o espírita e qualquer um que repetisse as palavrinhas mágicas "aceito jesus". Católicos romanos e liberais eram sua equipe preferida no intento de conquistar os corações incautos por todo o mundo. Por fim, morreu aos 99 anos de idade sob o título de "maior evangelista do século XX" e com status de "santo" e "salvo". Seu nome começa com Billy e termina com Graham.

Quem acertar a resposta, ganha uma "profecia" de "prosperidade" e um "dom de línguas estranhas" para subir de nível espiritual.

– JP Padilha
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Leia o artigo completo sobre o maior falso profeta do século XX, Billy Graham, aqui:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2018/03/billy-graham-o-maior-falso-profeta-do.html

A Teologia do Pacto não se sustenta


LISTA DAS HERESIAS MAIS FAMOSAS DE HERNANDES DIAS LOPES



1. AS HERESIAS DE HERNANDES DIAS LOPES:
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2. HERNANDES DIAS LOPES E A MACUMBA PENTECOSTAL DAS LÍNGUAS ESTRANHAS:
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3. HERNANDES DIAS LOPES E A SUA IMPOSIÇÃO DA LEI DO DÍZIMO (Apenas a página 94 de seu livro “DINHEIRO: A Prosperidade que vem de Deus”). Leiam o livro todo e coloquem um balde ao lado para vomitar.
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4. Isso aqui ele disse numa pregação que está no youtube sobre predestinação. Acredite se quiser, ele soltou essa pérola.
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5. HERNANDES DIAS LOPES E A HERESIA A RESPEITO DO BATISMO COM FOGO:
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6. Sem falar que ele defende a ideia de que Deus permite divórcio e segundo casamento entre terceiros sem ser em caso de viuvez. Pesquisem mais no youtube e facebook.

– JP Padilha
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O QUE É O DIA DO SENHOR? | JP Padilha


“Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz” (Amós 5.18).

O “dia do Senhor” é justamente o dia do seu julgamento sobre as nações (gentios), quando Ele voltar em sua segunda vinda com a Igreja dos céus. É neste evento que ocorre a separação entre bodes e ovelhas – os bodes representam aqueles que serão mortos para aguardarem o Juízo Final (o Grande Trono Branco – Ap 20.10-15), enquanto as ovelhas são mantidas vivas para entrarem no reino milenar de Cristo (Mt 25.31-46). A Igreja não participa deste julgamento, pois já estará no céu com Cristo sete anos antes e voltará com Ele para reinar dos céus no reino milenar. Ela também não participa do Grande Trono Branco, pois já está salva antes mesmo da fundação do mundo. A ira do Senhor jamais cairá sobre a Sua Igreja, pois Cristo disse que não há condenação para a Igreja, já que ninguém pode tirá-la de Suas mãos (Jo 10.28). Ou seja, a Igreja não participa do Julgamento das Nações, nem do Juízo Final, mas apenas do Tribunal de Cristo, que não tem caráter condenatório. O Tribunal de Cristo é somente para os crentes, que participarão deste “julgamento de obras” quando estiverem no céu (2Co 5.10). Em 1 Coríntios 3.12-15 Paulo fala mais desse tribunal que não tem caráter condenatório, mas de apreciação das obras praticadas pelo crente. É algo parecido com um concurso de pintura, onde o que está sendo julgado não é o pintor, mas a qualidade de seu trabalho. Essa passagem nos ensina de forma clara que até mesmo aquele que não fez obra alguma digna de ser aproveitada SERÁ SALVO. Ou seja, a Igreja não tem participação em nenhum evento onde há juízo ou condenação, seja no Julgamento das Nações (segunda vinda), seja no Grande Trono Branco (Juízo Final).

Muita gente pensa que o "dia do Senhor" é um dia santo para adorá-lo, e alguns pensam ser o domingo, por ser o primeiro dia da semana do nosso calendário e porque os apóstolos tiveram a iniciativa de estabelecer o primeiro dia da semana para culto, adoração e ministério. Tem gente que pensa que o "dia do Senhor" é o sábado devido ao sábado dos judeus no Antigo Testamento. Mas a extravagância no erro de interpretação bíblica se dá mesmo ao pensar que o “dia do Senhor” é o arrebatamento da Igreja. Todos esses pensamentos a respeito do “dia do Senhor” estão errados, mas quando se diz que o “dia do Senhor” se trata do arrebatamento, fica difícil de se suportar. Esta é a pior das conclusões.

Muitos religiosos, em especial os teólogos do pacto e seus seguidores, pensam que o “dia do Senhor” é o arrebatamento da Igreja. Não há, entretanto, qualquer Escritura para isso. Toda vez que a Bíblia se refere ao "dia do Senhor", ela está falando do tempo do Julgamento das Nações, que ocorre na segunda vinda de Jesus com sua Igreja já arrebatada, onde bodes e ovelhas são separados – os bodes são mortos neste julgamento e as ovelhas são mantidas vivas para entrarem no reino milenar de Cristo. “O dia do Senhor” é um dia de julgamento que começará na Aparição de Cristo, no final da Tribulação. No tempo da Tribulação, a Igreja não estará aqui, pois já terá sido arrebatada ao céu sete anos antes (1Ts 4.17; Ap 3.10). Naquele tempo, quando o Senhor descer pela segunda vez com sua Igreja, Ele intervirá publicamente sobre os caminhos do homem, firmando seu poder universal e domínio sobre os céus e a Terra. “O dia do Senhor” continuará durante todo o período de 1.000 anos do reino de Cristo, quando (no fim do dia do Senhor) os céus e a Terra se desfarão (2Pe 3.8-10).

Um erro muito comum é usar 2 Tessalonicenses 2.2-3 para afirmar que o “dia do Senhor” é o arrebatamento. Vejamos o contexto: “Não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto [o dia do Senhor é presente – JND]. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha [sem que tenha vindo primeiro – JND] a apostasia e se manifeste [e tenha se manifestado – JND] o homem do pecado, o filho da perdição”. Estes versículos têm sido tomados erroneamente para significar que o dia que o Senhor vem para Sua Igreja (o arrebatamento) não acontecerá até que o Anticristo e a apostasia durante a grande tribulação tenham se manifestado. Como o Anticristo se levanta na Tribulação, e o “dia do Senhor” acontece depois disso, então os teólogos do pacto e seus seguidores pensam que a Igreja terá que estar na Tribulação.

O erro aqui é supor que “o dia do Senhor” é o arrebatamento. A Escritura diz que o “dia do Senhor” começa na Aparição de Cristo (segunda vinda) e não no arrebatamento. Ela diz: “antes de chegar gloriosamente o grande dia da Aparição do Senhor” (Atos 2.20 – JND).

Há pelo menos 20 referências ao “dia do Senhor” na Palavra de Deus. Algumas delas se referem ao seu começo, na Aparição de Cristo (2Ts 2.2; 2Pe 3.10; 1Ts 5.2, etc.). Outras referências são advertências de esse dia estar “perto”, indicado pelo ataque do rei do norte, o qual acontecerá logo antes do início desse dia (Jl 1.15; 2.11; Sf 1.7-20; Zc 14.1-2, etc.). Mas não há sequer um registro bíblico dizendo que o arrebatamento dos santos ocorre no “dia do Senhor”. Se os que discordam disso insistirem que o Senhor leva a Igreja ao céu no dia do Senhor, então apresentem as bases bíblicas que atestam essa premissa. Tais suposições são resultado de não se examinar cuidadosamente as Escrituras (At 17.11; 2Tm 2.15).

“dia do Senhor” é um período de julgamento que começa na Aparição de Cristo (2Pe 3.4, 8-10); ele não começa no arrebatamento. O “dia do Senhor” é o período quando Cristo irá publicamente intervir nos caminhos do homem na Terra, afirmando seu poder universal e autoridade em julgamento. Esse dia irá se estender por 1.000 anos (2Pe 3.8-10 – o Milênio). No arrebatamento, o Senhor não estabelecerá publicamente seus direitos na Terra, intervindo em julgamento; Ele levará a Igreja para o céu e deixará o mundo continuar com seu mal, momento em que o mundo ocidental receberá o Anticristo. O arrebatamento nunca é visto como um dia de julgamento para este mundo, mas como o momento em que o Noivo e a noiva são alegremente unidos.

Entendendo essas coisas simples e básicas a respeito do “o dia do Senhor”, poderemos ver imediatamente que Paulo não estava falando sobre o arrebatamento em 2 Tessalonicenses 2.2-3. Ele estava mostrando aos Tessalonicenses que “o dia do Senhor” e os julgamentos que o acompanhavam não poderiam estar presentes entre eles, pois o surgimento do Anticristo e a grande apostasia da Cristandade professa tinham que acontecer antes.

Infelizmente, há pessoas que ainda estão propondo o mesmo erro que estava incomodando os tessalonicenses. Eles estão perturbando os cristãos, dizendo-lhes que deveriam se preparar para a Tribulação porque a Igreja irá passar por ela. Ironicamente, esses hereges estão usando hoje os mesmos três métodos (em princípio) para proporem seu erro, assim como os falsos mestres estavam fazendo nos dias de Paulo! Senão, vejamos:

Primeiro, “por espírito” (vs. 2) – os falsos mestres reivindicavam que tinham recebido uma revelação espiritual dada a eles pelo Senhor.

Segundo“por Palavra” (vs. 2) – os falsos mestres estavam aplicando erradamente a Escritura do Velho Testamento para apoiar seus ensinamentos heréticos.

Terceiro“por epístola, como que de nós” (vs. 2) – isto é, eles, na realidade, tinham ido tão longe a ponto de produzirem uma epístola com suas ideias heréticas nela e dizendo que a epístola era de Paulo.

Aqueles que ensinam essas falsas doutrinas também dizem que receberam isso por meio de alguma revelação especial de Deus. Estão também tentando usar as Escrituras para apoiarem suas ideias e estão usando inclusive o ministério de Paulo (tal como nesta passagem), dizendo que ele ensinava que a Igreja deveria passar pela Tribulação.

Outra razão pela qual essa interpretação é incorreta é que ela destrói a iminência da vinda do Senhor para arrebatar sua amada Igreja nos ares (1Ts 4.16-17). A vinda do Senhor para levar sua Igreja para o céu (o arrebatamento) está sempre presente na Escritura como algo que poderia acontecer a qualquer momento. Os que pensam que a Igreja deva passar pela Tribulação depreciam a ideia de que Ele poderia vir a qualquer momento, pois pensam que isso é uma violação direta da interpretação deles a respeito de 2 Tessalonicenses 2.2-3, que afirma que o Anticristo tem que surgir antes. Entretanto, Paulo e os outros apóstolos se esforçavam para colocar a proximidade da vinda do Senhor diante da Igreja de modo que isto seria uma esperança presente. Paulo disse: “Mas a nossa cidade (ou cidadania) está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso” (Filipenses 3.20-21). Ele também disse: “Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará” (Hebreus 10.37). “Porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Romanos 13.11-12). “Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia” (1 Coríntios 7.29). “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses 4.16-17). Neste último versículo, Paulo se coloca entre os que estão esperando pela vinda do Senhor, quando diz “nós” (Veja também 1Co 15.51-52 – “nós”). Isso era algo que ele esperava mesmo naqueles dias do início da Igreja. Tiago também disse: “Porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5.8 ). Pedro disse: “Eis que já está próximo o fim de todas as coisas” (1 Pedro 4.7). João disse: “Filhinhos, é já a última hora” (1 João 2.18). Isto mostra que os apóstolos ministraram de tal modo que colocavam, diante deles, a vinda do Senhor para arrebatar a Igreja como algo iminente. Este evento está para ocorrer a qualquer momento.

Ensinar que alguns eventos devem acontecer antes que o Senhor venha nos arrebatar nos ares, tais como a revelação do Anticristo e os horrores da Tribulação (Mt 24), seria uma direta contradição ao ensino dos apóstolos. Destruiria a iminência da “bendita esperança” (Tt 2.13 – ARA).

O triste efeito de tirar a “bendita esperança” da Igreja irá fazer com que nos acomodemos neste mundo. Isto é exatamente o que aconteceu em grande medida. É essencialmente dizer: “O meu Senhor tarde virá” (Mateus 24.48). Por esta mesma razão, o Senhor nunca nos disse quando iria retornar, mas disse: “Certamente cedo venho” (Apocalipse 22.20).

O teste para todo ministério é: “Ele ocupa o coração com Cristo?”. Esse tipo de ensino errôneo a respeito do “dia do Senhor”, que leva ao entendimento errado de que a Igreja passaria pela Tribulação, faz qualquer coisa, menos isso! Ao invés de levar as pessoas a esperarem pela vinda de Cristo, leva os santos a esperarem pelas coisas em volta no mundo – pelo Anticristo, etc. A Igreja é para estar esperando a vinda de Cristo, não a vinda do Anticristo.

– JP Padilha
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Falsas doutrinas trabalham em conjunto com as emoções!


CAIR NO ESPÍRITO É BÍBLICO? | JP Padilha



Muita gente já presenciou e/ou até mesmo caiu na armadilha do hipnotismo pentecostal, chegando a manifestar comportamentos bizarros em muitas denominações evangélicas. Um clássico exemplo disso é o famoso “cair no espírito”, onde a pessoa é convencida, seja por meio de hipnotismo, emocionalismo ou até mesmo por meio do poder de demônios, que elas estão “cheias do Espírito Santo” ao caírem no chão e ficando inertes. Os demônios exercem grande influência nessa prática de engano e blasfêmia em massa.

Mas, será que existe base bíblica que possa ser usada para explicar essas pessoas caindo em muitos cultos evangélicos quando o “pastor” estende a mão diante delas? A resposta é obviamente NÃO. Não existe nenhuma evidência bíblica para essa prática que induz as pessoas a ficarem em estado de êxtase, horas a fio no chão, como se estivessem mortas. Na verdade, isso mostra que estão indo contra um dos elementos do fruto do Espírito Santo, que é o domínio próprio, isto é, o domínio da razão, das emoções, dos sentimentos, do comportamento, etc (Gl 5.22). Toda essa aberração praticada e incentivada pelo movimento pentecostal só mostra que os praticantes e os líderes que exercem poderes demoníacos sobre essas pobres almas estão longe de serem convertidos.

A ideia de “cair no Espírito” é quando um suposto pastor impõe as mãos sobre alguém e essa pessoa cai no chão, supostamente dominada pelo poder do Espírito. Os que praticam "cair no Espírito" usam passagens bíblicas que falam de pessoas tornando-se "como morto" (Ap 1.17), ou caindo sobre o próprio rosto (Ez 1.28; Dn 8.17-18; 10.7-9). No entanto, há vários contrastes entre os exemplos bíblicos de "cair sobre o próprio rosto" e a prática aberrativa de "cair no Espírito".

As passagens em que encontramos pessoas caindo na Bíblia não têm nada a ver com essa enganação praticada em denominações pentecostais por ministros de Satanás travestidos de ministros de justiça. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.13-15).

O que eles fazem ali é pura exibição para tirar dinheiro dos incautos e, para tal, utilizam de diferentes técnicas, desde atores contratados até hipnotismo e sugestionamento em massa (como efeito estouro da boiada). Isso quando não estão imbuídos de poder satânico para imitar os sinais de Deus, como fizeram Janes e Jambres, os magos de Faraó.

A Bíblia nos alerta que estes homens, se dizendo pastores, possuem aparência de piedade, mas negam a eficácia dela. E continua: “Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (2 Timóteo 3.5-8). Sendo assim, estes líderes religiosos já estão em si mesmos condenados (Tt 3.10-11).

Mas, e quanto às passagens que falam de pessoas caindo, como por exemplo em João 18.6? Os que caíram em João 18.6 eram os guardas que tinham ido prender a Jesus. Quando chegaram até Ele, este deu apenas um lampejo de seu poder para que os guardas sentissem que estavam brincando com algo muito sério quando tentavam prender o Filho de Deus, o qual não podia ser preso por ninguém. Em outras passagens você vê pessoas caindo sobre seus rostos, mas isso em sinal de adoração, aflição, pavor ou humilhação, dependendo da passagem. Vejamos alguns exemplos disso:

“Quando Moisés ouviu isso, caiu sobre o seu rosto (Números 16.4).

“E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o. E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo” (Mateus 17.5-6).

Contrariando estes versículos, na farsa do "cair no Espírito" as pessoas caem para trás, ou em resposta ao movimento do braço do orador, ou como resultado do toque de um líder da denominação (ou empurrão, em alguns casos).

Portanto, “cair no espírito” não é obra do Espírito Santo. É histeria gospel. É blasfêmia contra o Espírito Santo, pois se atribui uma prática insana ao Espírito de Deus. Infelizmente, muitas pessoas buscam essas falsificações estranhas que não produzem fruto espiritual nenhum, ao invés de buscarem o fruto prático que o Espírito distribui com o propósito de glorificar a Cristo com nossas vidas (Gl 5.22-23). Ser cheio do Espírito não é evidenciado por tais farsas, como “cair no chão”, mas sim por uma vida que transborda com a Palavra de Deus de tal forma que a pessoa esteja sempre cheia de cânticos espirituais e de gratidão a Deus. Que Efésios 5.18-20 e Gálatas 5.22-23 sejam um retrato das nossas vidas!

– JP Padilha
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Quem são os bodes e ovelhas de Mateus 25? | JP Padilha


Mateus 25.31-46 nos fala da segunda vinda de Cristo para julgar as nações e reinar. Isso ocorre depois do arrebatamento da Igreja (descrito em 1 Tessalonicenses 4) e da grande tribulação (descrita em Mateus 24).

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes(Mateus 25.31).

Uma coisa interessante que vemos em outra passagem que fala do mesmo evento é que Jesus descerá acompanhado também dos santos que foram arrebatados antes da Tribulação:

“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos(1 Tessalonicenses 3.13).

Aqueles que ensinam que não há um arrebatamento antes da Tribulação deveriam explicar de onde vieram esses santos que estavam com Ele no céu e voltaram juntamente com Ele para reinar do céu. Como estes santos foram parar lá, senão por meio do arrebatamento antes da Tribulação?

Mas, voltando ao assunto sobre quem são os bodes e ovelhas de Mateus 25, vemos alguns detalhes importantes aqui: Jesus vem com todos os seus anjos e santos para o Julgamento das Nações (ou gentios), identificadas aqui como "bodes" e "ovelhas". Se você observar o Antigo Testamento, verá que o julgamento de nações era algo comum, e Deus fazia isso levando em conta como elas tratavam o seu povo terreno, Israel.

Julgamento das Nações é um julgamento coletivo de grupos de pessoas vivas, dentre as quais algumas continuarão vivas para desfrutarem do reino milenar de Cristo e outras serão mortas para aguardarem o julgamento individual do Grande Trono Branco no final de Apocalipse. Ou seja, as ovelhas representam o grupo dos que serão mantidos vivos para entrarem no reino de mil anos de Cristo, enquanto os bodes são aqueles indivíduos que serão mortos para aguardarem o Juízo Final. No arrebatamento da Igreja, que ocorre sete anos antes disso tudo, somente os salvos são ressuscitados para serem levados ao céu (1Ts 4.16-18). Os mortos em seus pecados continuam em suas sepulturas, aguardando o Juízo Final. Da mesma forma, no Julgamento das Nações, os perdidos serão mortos justamente para aguardarem o Juízo Final (no Grande Trono Branco) para serem julgados após os mil anos de reinado de Cristo. Eles serão lançados no lago de fogo.

Existe uma passagem em Joel que pode ser identificada com este momento aqui: “Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra” (Joel 3.2).

É importante notar que as nações (gentios) serão julgadas de acordo com a maneira como trataram o remanescente fiel de Israel, aqueles judeus convertidos durante a tribulação, muitos dos quais terão sido martirizados. Se prestarmos atenção, veremos que existem aqui três classes, e não apenas duas: "bodes", "ovelhas" e "pequeninos irmãos".

Os "bodes" serão as nações que não deram guarida aos "pequeninos irmãos", os judeus convertidos nesse período da tribulação, que estarão sendo perseguidos pelo Anticristo. As "ovelhas" serão as nações que protegeram e alimentaram esses judeus errantes. Estas recebem do Rei a promessa: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25.34).

É muito importante entender que Mateus 25, onde fala da separação de bodes e ovelhas, não se trata da salvação eterna, já que esta não é obtida por meio de boas obras. A promessa é de participarem vivos do reino de Cristo na terra, o qual durará mil anos. Durante esses mil anos, aqueles que pecarem serão julgados todas as manhãs e serão mortos, para depois serem julgados no Grande Trono Branco. Entenda-se que o reino de Cristo na terra será formado por pessoas que não necessariamente nasceram de novo, mas que apenas professam submissão ao Rei, algo muito parecido com o que acontece hoje na cristandade. É preciso lembrar que no final dos mil anos Satanás será solto (ele ficará preso no período de mil anos) e irá arrebanhar milhões de seguidores para lutarem contra Cristo, o que mostra que nem todos terão entrado no milênio realmente convertidos, e nem todos os que nascerem nesse período serão de Deus.

O Senhor se identifica com estes judeus de tal modo que os chama de “meus pequeninos irmãos”. Serão esses “pequeninos irmãos” os que se recusarão a negar o nome do Senhor e a ter a marca sobre suas mãos e testas. A identificação do Senhor com seus "pequeninos irmãos" faz lembrar a identificação dele com a Igreja no livro de Atos, quando ele pergunta a Paulo: “Por que me persegues?”, quando Paulo perseguia os cristãos, e não o Cristo, o qual Paulo considerava já morto.

TRÊS EVENTOS DISTINTOS – O “JULGAMENTO DAS NAÇÕES”
NÃO É O “GRANDE TRONO BRANCO”, NEM O “TRIBUNAL DE CRISTO”


Não devemos confundir o Julgamento das Nações de Mateus 25, nem o Grande Trono Branco de Apocalipse 20.10-15, com o Tribunal de Cristo (2Co 5.10). São três eventos totalmente distintos. Os crentes não participam do Julgamento das Nações porque já estarão no céu no mínimo sete anos antes, e não passarão pela grande tribulação. Os crentes também não são julgados no Grande Trono Branco, pois são salvos desde o princípio do mundo. O que os crentes encontrarão é o Tribunal de Cristo descrito em 2 Coríntios 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal". Em 1 Coríntios Paulo fala mais desse tribunal que não tem caráter condenatório, mas de apreciação das obras praticadas pelo crente. É algo parecido com um concurso de pintura, onde o que está sendo julgado não é o pintor, mas a qualidade de seu trabalho.

"E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal SERÁ SALVO, todavia como pelo fogo" (1 Coríntios 3.12-15).

Essa passagem nos ensina de forma clara que até mesmo aquele que não fez obra alguma digna de ser aproveitada SERÁ SALVO.

Durante o reino milenar de Cristo haverá julgamentos todas as manhãs com a aplicação da Pena de Morte imediata. Todavia, essa pena é para os indivíduos que estiverem vivendo na Terra. A Igreja não estará necessariamente na terra no milênio, mas estará vivendo no céu.

Ao final desse milênio haverá o Grande Trono Branco, onde serão julgados todos os que não foram salvos, cujos nomes não estavam no Livro da Vida (Ap 20). Aqui sim acontece o Juízo Final. Aqueles que foram mortos no Julgamento das Nações em Mateus 25 (os bodes), no momento da segunda vinda de Jesus para reinar, serão ressuscitados para serem julgados e condenados. E é somente para isso que serão ressuscitados: Para serem julgados e condenados.

Quem chegar diante do "Grande Trono Branco" com um pecado sequer já estará condenado. A passagem abaixo deixa claro que aquele que crê em Cristo não entra em juízo ou julgamento: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juízo, mas passou da morte para a vida." (João 5.24).

As expressões "Ouve""crê""tem""não entra em juízo" e "passou da morte para a vida", no momento em que creu, são expressões muito claras nesse sentido.

Quando analisamos Apocalipse 20, percebemos como esse julgamento se trata de um ato judicial que visa apenas dar a sentença. Esse julgamento não tem a finalidade de estabelecer se a pessoa deve ou não ser salva. Todos são condenados ali. Não há um salvo em Cristo que participa desse evento, mas somente os predestinados à perdição (os réprobos). E deste evento não sairá um salvo sequer. Todos que participarem deste julgamento serão lançados no lago de fogo e enxofre, onde o fogo nunca se apaga e o tormento é eterno (Mc 9.44; Mt 25.46). Ali eles sofrerão para todo o sempre.

"O diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, de pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo" (Ap 20.10-15).

DEUS TEM DOIS POVOS: ISRAEL E IGREJA

A grande dificuldade que as pessoas têm para entenderem a profecia está em não conseguirem distinguir com clareza que Deus tem dois povos, Israel e Igreja, e saber que a Igreja não aparece nenhuma vez na profecia do Antigo Testamento, mas é um parêntese no desenrolar dos planos de Deus. A Igreja, que foi formada apenas em Atos 2 e deixará este mundo no arrebatamento (1Ts 4.16-18), permaneceu um mistério durante milênios, tendo sido revelada inicialmente apenas ao apóstolo Paulo, conforme ele explica:

“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Efésios 3.4-10).

“Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja; da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus; o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos(Colossenses 1.24-26).

A falta de compreensão e distinção entre Igreja e Israel causou aberrações como as Cruzadas, quando os cristãos acreditaram que deveriam tomar posse da Jerusalém terrena e expandir o evangelho no mundo usando a força. Esta mesma visão continua entre os adeptos da 
Teologia do Domínio (ou Teologia do Pacto) e seus desdobramentos, como a Teologia da Prosperidade, que não enxerga a diferença entre as promessas terrenas feitas a Israel e as promessas celestiais feitas à Igreja.

No mesmo engano incorrem aqueles que aguardam pela vinda do Anticristo e pela realização de eventos que só ocorrerão após o arrebatamento da Igreja, como a pregação do evangelho do reino em todo o mundo e os juízos descritos em Apocalipse para caírem sobre o planeta. Assim como acontece com o abotoar de uma camisa, se você errar o primeiro botão, todos os outros serão abotoados errados, quando não se tem entendimento das diferentes dispensações ou maneiras de Deus tratar com o homem, e tudo mais ficará fora de seu lugar.

Todavia, às vezes o entendimento imperfeito de que Deus irá abençoar Israel no final também leva a atitudes erradas por parte dos cristãos, os quais passam a acreditar que a volta prometida de Israel à sua terra já tenha acontecido e passam então a estimular judeus a voltarem para Jerusalém agora ao invés de pregarem o evangelho a eles. Esses se esquecem de que os judeus voltaram a Israel ainda em seu estado de incredulidade e rebelião contra Deus, o qual permitiu isso porque é ali mesmo que dois terços deles serão mortos pelos exércitos do Anticristo. A terra de Israel que agora existe será dizimada antes de Deus realmente plantar ali o seu povo, o remanescente judeu fiel que irá se converter ao seu Rei após o arrebatamento da Igreja.

– JP Padilha
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Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....